terça-feira, 29 de junho de 2010

Vinde, anos!

Vinte anos. Vinte anos. Vinde, anos! Brinde!
E muita história pra contar? Não sei.
Que diabos é afinal essa tal obrigação de ter muito a contar, eu, fechada que sou?
Sinto – se sinto!
Penso – nem tanto!
Ouço, porque aprendi a ouvir.
Aprender! Apreender! A-prender! Prender? Ahhhh!
E se brincar com as palavras for pecado, hoje não é.
Nostalgia alguma bate em meu peito agora, deveria bater?
Qual é, afinal, o ideal de um aniversário perfeito? De uma vida perfeita? Qual era, afinal, o objetivo de quem inventou esse maldito ideal? Qual é a final?
Mas é claro que eu penso no fim. Eu penso quase o tempo todo. Acho que agente não sabe, mas o objetivo é praticamente um fim criado por nós mesmos, onde agente idealiza que ali se encerrarão todos os problemas. Mero engano... Mal ultrapassada a linha da chegada é, e antes mesmo que se pense em respirar, pa-pum: uma pedra. Mas aí mora talvez um bom sinal: não acabou. (Talvez...)
Vinte, vinte! Esse número já não me sai da cabeça. Aceito desde já como a libertação do dezenove. E que dezenove!
Aprender sempre. Apreender sempre!
Vinde, anos! E que prevaleça a essência – ela há de prevalecer.

Sincera gratidão aos que lembraram (aos não poucos que se lembraram). E não poderia me esquecer – é claro -, que sua ausência hoje, querida solidão, não passou despercebida.